Entregava-se aos beijos como se fossem dele. Daquele que ela sempre conhecera e admirara. Mas não eram. Eram beijos fáceis e sem sentido...
Chegava a casa, um pouco zonza, um pouco surda e muda.... Tentara esquecê-lo nos beijos d’alguém, nos abraços d’outro que não a preenchia tão bem.
Em tudo, em tudo, lhe faziam voar ao outro país, tão distante como talvez um outro mundo. Como tinha saudades daquele mundo só seu, partilhado e construído com alguém tão especial.
Muros e muros, barreiras sem fins, eram o seu presente afinal. Ninguém era capaz de ousar atravessá-los, de conquistá-los.
As pessoas teimam em coisas fáceis, em coisas sem fins, sem planos.... Como é a vida, tão fútil assim? Não basta uma cara bonita, um sorriso lindo... Não basta isto, não basta nada. Basta simplesmente, ser. Ser alguém que quer, que luta e que ama.
Tinha saudades d’aquele mundo que a preenchia. D’aquele mundo que ela se orgulhava, d’aquele mundo que amava...
Refugiava-se na música, no seu Schenker, que a entendia tão bem...
Imagem: Van Gogh - Starry nigth.
3 comentários:
Lá diz a musiquinha..."There's an ordinary world, somehow I have to find". O Mundo está lá, acredita...apenas o temos de ir redescobrindo. ;)
Bjs
Meu Joãozinho,
Segui as tuas palavras e não é que me sinto melhor? ;)
Beijinhos
Ena!:)
;)
Beijinhos
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